olhares dispersos seguiam a mesma direção, observavam e lentamente aproximavam-se para saber precisamente o que viam, mas para saber exatamente o que sentiam, bastou fecharem os olhos. E naquela intensa escuridão de uma noite fria, lá estavam debaixo de uma árvore coberta por neblina, quando tão pouco podiam enxergar um ao outro. Não se importavam, de olhos fechados permaneciam e o que quebrava o silêncio que alí havia, era os corações que tão forte batiam e a sussurante brisa que arrastava folhas secas e aos poucos toda a neblina. Lentamente, a luz branca da imensa lua, expulsava a intensa escuridão daquela noite e ilumináva-os, quando suavemente se tocavam no rosto e se aproximavam para um beijo sob o sereno gelado. Entre eles só havia um desejo, que aquela noite se tornasse eterna.

Por: Nathália Quinzel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário